O hipotireoidismo é uma das doenças genéticas que mais afeta os cães da raça Golden Retriever.
Apesar de ser uma doença tratável ela não é curável.
Vamos nesse artigo explicar de forma geral a doença, porém lembre-se que só um médico veterinário pode diagnosticar e orientar corretamente sobre essa e outras doenças.
O médico veterinário nunca deve ser substituído por qualquer outra fonte de informações.
Hipotireoidismo afeta 25% dos Golden Retrievers
Estudos mostram que o hipotireoidismo atinge 1 entre 156 cães a 1 entre 500 cães.
No Golden Retriever, por outro lado, uma pesquisa feita pelo GRCA indicou que 1 entre cada 4 Golden Retrievers membros do clube possuíam hipotireoidismo.
É um percentual extremamente alto (25%) quando comparamos ao universo total entre todos os cães e por isso devemos ficar atentos.
Mas o que é o hipotireoidismo?
É uma baixa concentração dos hormônios produzidos pela glândula tireóide. A tireóide fica em volta da laringe, no pescoço.
Trata-se da doença endócrina mais comuns em cães.
Em geral, quais são os sintomas do hipotireoidismo em cães?
Em alguns casos o cão fica gordinho, ganhando peso.
A pelagem pode ficar quebradiça e fina, principalmente na área da cauda que em alguns casos perde bastante a “plumagem”, ficando conhecida como “cauda de rato”.
Podem surgir também modificações na pele e no comportamento do cão, com mudanças de humor e comportamentos diferenciados.
Como a temperatura corpórea pode cair, às vezes o cão passa a buscar lugares mais quentes para se deitar e costuma cansar com mais rapidez.
O cão também tem mais tendência a desenvolver outros problemas de saúde, alguns ligados diretamente à falta dos hormônios da tireóide e outros sem vínculos aparentes.
Apesar disso, alguns Goldens simplesmente não apresentam sintomas, o que pode dificultar o diagnóstico desta condição.
Como o hipotireoidismo em Goldens é tratado?
É tratado com remédios diariamente durante a vida do cão e esse tratamento é feito com sucesso nos casos em que ainda não se desenvolveu problemas secundários.
O tratamento deve ser sempre feito com acompanhamento do médico veterinário.
A boa notícia é que quase todos os cães tratados ficam super bem e vivem pelo período total da vida de um Golden, como companheiros amados 🙂
Um Golden Retriever pode morrer de hipotireoidismo?
Em condições extremas (e não comuns) os cães podem apresentar uma condição fatal denominada coma mixedema, que trás problemas ao coração, metabolismo e coma.
O que pode melhorar ou diminuir as chances do cachorro apresentar hipotireoidismo?
Alguns estudos indicam que a vacinação aumenta os anti-corpos contra o precursor do hormônio tireóide e que, portanto, a vacinação em excesso poderia aumentar as chances de desenvolver a doença em cães já pré-dispostos.
Lembre-se, porém, que a vacinação é essencial para a saúde do cão e da sociedade e não pode ser descartada.
Existem também indicativos que cães e cadelas castrados teriam mais chances de desenvolver hipotireoidismo.
Se a doença é genética, o criador do meu cão pode evitá-la?
Ainda existem poucos estudos a respeito.
Na raça Beagle a tendência de desenvolver o hipotireoidismo tem grande base genética. Nos Dobermans tem mais a ver com um gene do sistema imunológico.
No Golden Retriever essa particularidade não foi apresentada, mas também não foi muito investigada.
Ainda não é possível saber qual esquema de cruzamentos favoreceria a diminuição do problema, mas sugere-se que minimizemos o uso de cães com a doença em programas de reprodução.
Como tenho certeza se meu Golden Retriever tem hipotireoidismo?
Uma série de exames de sangue serão pedidos pelo veterinário e alguns apresentam resultados contraditórios e difíceis de interpretar.
Em muitos casos existe falso positivo e falso negativo, por isso é recomendado que o exame seja feito mais de uma vez, até porque os exames mostram apenas aquele momento em que foi realizado sendo que o hipotireoidismo pode se desenvolver ao longo da vida do seu Golden Retriever então um negativo em dado momento não significa negativo para sempre.
Seu veterinário pode optar por analisar os resultados de exames junto com um endocrinologista.